O Samba Pass é um projeto de alto rendimento de preparação física e artística dos sambistas das agremiações cariocas - Divulgação
O Sambódromo será palco, na manhã deste sábado (4/2), de um grande aulão de samba. Alunos do Samba Pass, projeto de alto rendimento de preparação física e artística dos sambistas das agremiações cariocas, irão intensificar o treinamento para o Carnaval com uma aula especial no setor 11 da Marquês de Sapucaí, das 8h às 11h. Iniciado em março do ano passado, o projeto terá a sua última classe itinerante antes do Carnaval.
Elaborada pela Fundação João Goulart em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes, a iniciativa, que faz parte do Carnaval de Dados, já atendeu quase 200 integrantes das escolas de samba e conta, atualmente, com 120 inscritos. Os mestres-salas, porta-bandeiras, integrantes da comissão de frente e passistas desfrutam das aulas gratuitas de terça a sábado na Vila Olímpica da Gamboa, na Zona Portuária do Rio. Entre as modalidades oferecidas estão pilates, treinamento funcional, hidroginástica, dança e exercício específico por segmento.
O Samba Pass é coordenado pelos professores de Educação Física e profissionais do samba Matheus Olivério, mestre-sala da Estação Primeira de Mangueira, e Julinho Nascimento, mestre-sala da Unidos do Viradouro. Crias do samba, eles contam sobre a expectativa para o aulão.
– Estamos já na reta final, encerrando a preparação para este Carnaval, e o aulão na Marquês de Sapucaí vai ser bem bacana. Teremos dança afro, funcional e treinamento específico – disse Matheus Olivério.
– A expectativa é grande. É muito bom termos um aulão na nossa casa, onde a maioria dos alunos vai desfilar – acrescentou Julinho Nascimento.
Os coordenadores contam ainda sobre o quanto o projeto vem contribuindo com o desenvolvimento dos profissionais do samba.
– Fazemos avaliações periódicas e conseguimos acompanhar a evolução dos alunos. Muitos conseguiram perder peso, trocar percentual de gordura por massa magra, além de evoluir na dança – afirmou Matheus.
Julinho Nascimento reforçou a importância do projeto e lembrou que é necessário que os alunos mantenham a regularidade.
– O Samba Pass é eficaz. O maior termômetro disso são os próprios sambistas, que reconhecem a diferença após o preparo. Muitos começaram no ano passado, ainda no projeto piloto e permaneceram. Com as avaliações que estamos fazendo, eles percebem a evolução e levam ainda mais a sério. É importante que eles entendam que a prática da atividade física deve ser regular o ano todo, mantendo o nível de performance exigido no Carnaval – contou Julinho.
